quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Há cada vez mais livros a viajar nos transportes públicos

Numa sociedade cada vez mais apressada, a leitura nos transportes públicos é uma forma de se aproveitar o tempo gasto nas deslocações entre casa e o trabalho. E, pela comodidade, o comboio é onde mais se lê.
Falta pouco para chegar a S. Pedro do Estoril, mais duas páginas talvez. Nesta viagem, é Gabriel García Marquez — com Os Funerais da Mamã Grande — que atenua os solavancos do comboio da Linha de Cascais e faz Palmira de Almeida desligar-se da realidade.

Aos 67 anos, Palmira já perdeu a conta aos livros que leu. Começou com as histórias das princesas numa vila de Angola colonial, onde não era fácil comprar livros. Por influência dos irmãos, passou para a banda desenhada e, mais tarde, deixou-se encantar pelos romances em fascículos. Em 1974, veio para Portugal, onde trabalha como empregada doméstica, e trouxe o gosto da leitura para os comboios.

Vive em Almada e até chegar a S. Pedro apanha três comboios e dois metros. Com o cabelo curto, as hastes dos óculos vermelhas e uma camisola branca, vai olhando para as flores da capa do livro enquanto fala. “Leio em todas as viagens. O meu trabalho é muito manual — sempre a limpar, a limpar — também preciso de exercitar o cérebro”, conta. “Aproveito as viagens porque em casa não tenho tempo. Chego tarde e vou logo dormir e aos fins-de-semana tomo conta dos meus netos”, acrescenta.

Em 2009, o barómetro da opinião pública do Plano Nacional de Leitura realizou um inquérito a 1045 pessoas e encontrou 96% como Palmira de Almeida, que considera a leitura muito importante. Para os inquiridos, a leitura é especialmente importante no ensino e a formação (97%), na utilidade para a profissão (94%) e no exercício da cidadania (93%).

Com os olhos fixos numa das últimas páginas, Vera Brandão, de 29 anos, é uma campeã da leitura. “Leio, em média, nove livros por mês e também tenho um blogue de literatura”, conta a professora de uma sala de estudo em Carcavelos. Tira os óculos e acrescenta: “Gosto mesmo muito de ler e o comboio não me incomoda, é muito estável. É como estar sentada à secretária”. Põe os óculos e volta a mergulhar nas páginas de um livro já gasto, A Mutação, de Robin Cook.

Para o comissário do Plano Nacional de Leitura, Fernando Pinto do Amaral, o comboio — pela sua estabilidade — é um dos melhores meios de transportes a utilizar numa altura em que a leitura é cada vez mais fragmentária. “Actualmente, andamos sempre a saltitar de texto para texto. Mas [este tipo de leitura] não substitui uma leitura extensiva em que conseguimos mergulhar numa história”, refere Pinto do Amaral. “E isto pode ser feito nos transportes, sobretudo nos comboios, em que as viagens são mais estáveis”, defende.

Duas carruagens atrás, Maíra Silva trocou há cinco anos a agitação de São Paulo pela tranquilidade da Marginal. Trabalha numa loja na Parede e interessa-se particularmente por livros científicos. Está a ler O Campo de Batalha da Mente, de Joyce Meyer. “Gosto muito deste tipo de livros”, diz, justificando a escolha pelo curso de Psicologia que vai começar no próximo mês. “Só comecei a interessar-me por livros há cerca de três anos, mas ler é muito bom, faz-me viajar com a imaginação”, conta olhando para o livro.

Viajam no mesmo comboio quase todas as manhãs e não se conhecem, mas se Maíra lesse o título do livro de João Soares, provavelmente iria gostar: A Psicologia do Amor. “O título pode parecer estranho”, admite João, envergonhado, sentado junto à janela três lugares atrás da rapariga. “Mas eu sou terapeuta”, justifica, sorrindo. Aos 29 anos, decidiu começar a utilizar o comboio há pouco mais de um ano. A partir de então, os livros são a sua principal companhia. “Assim as viagens são menos aborrecidas. Se, por acaso, me esquecer, compro um jornal”, explica João Soares, enquanto se prepara para sair.

Segundo Teresa Sampaio, coordenadora do programa Ler +, Ler Melhor, da RTP Informação, muitos adeptos da leitura nos transportes fazem-no por uma questão de comodidade. “Em tempo de crise, com o preço da gasolina a aumentar, também é uma opção procurada, sobretudo em viagens de longo curso”, afirma.

No “regresso” a Lisboa

São 8h57 na estação de Cascais. Na gare, não há pessoas sentadas a ler, nem jornais deixados nos bancos. As portas fecham-se no comboio com destino ao Cais do Sodré. A bordo, os calções de banho e os chapéus de palha são substituídos por camisas, gravatas e roupas formais. A maioria dos passageiros vai trabalhar para Lisboa. A aventura pela literatura em viagem faz-se sobretudo neste sentido e só acaba no fim da linha.

Hugo Santos também está a ler, mas de forma diferente. “Uso este tablet, é mais prático”, diz, mostrando no ecrã do aparelho as pequenas letras brancas de um conto que encontrou na Internet. Trabalha como consultor informático numa empresa no Parque das Nações e, por isso, está habituado a andar de comboio e a tratar a tecnologia por tu. “A viagem demora cerca de uma hora e meia. Costumo ler artigos relacionados com o meu trabalho ou textos que encontro na Internet”, conta. “É mais fácil, depois é só fechar, guardar isto na bolsa e sair. E a página ficou marcada”, diz, exemplificando o processo. Os livros em papel também lhe agradam, mas só em casa.

De acordo com o barómetro de opinião pública do Plano Nacional de Leitura de 2009, a leitura associada às novas tecnologias está a tornar-se uma tendência. Cerca de 93% dos 1045 inquiridos consideram que a leitura aumentou principalmente com recurso a mensagens de telemóvel, computadores e Internet; 40% pensam que nos últimos dez anos a leitura, em geral, se manteve; e 39% consideram que se registou um aumento, embora nos meios tradicionais — livros, jornais, revistas — este não seja tão acentuado.

Fernando Pinto do Amaral diz que a leitura associada às novas tecnologias será uma tendência natural. “Para interpretarmos o mundo, temos sempre de ler”, afirma Pinto do Amaral. “Os suportes é que estão a mudar, sobretudo junto das gerações mais jovens, mas a leitura deve ser sempre valorizada”, acrescenta.

Menos jornais gratuitos

Hélder Almeida, que viaja entre Oeiras e o Cais do Sodré há vários anos, tem reparado que os jornais gratuitos que se deixavam nos bancos agora raramente se vêem. Olhando para a informação estatística, tem razão. Segundo dados da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação, a circulação — o número de exemplares que chegam aos pontos de venda, incluindo assinaturas e ofertas — dos dois jornais gratuitos portugueses (Destak e Metro) diminuiu.

A média da circulação do Destak entre Janeiro e Abril de 2012 foi de 71.090 exemplares, abaixo dos 94.944 exemplares em 2011. Em relação ao Metro, este numero passou de 92.798, em 2011, para 70.580 em 2012. Ambos os jornais são maioritariamente lidos por homens e nas áreas da Grande Lisboa e Grande Porto.

Segundo a directora do Destak, Isabel Stilwell, o facto de as pessoas sentirem falta dos exemplares nos transportes públicos é algo gratificante, “embora preferíssemos ter capacidade para ir ao encontro de toda a procura”. Não obstante as estratégias definidas para a distribuição do jornal, Isabel Stilwell afirma que não deixaram “de sofrer as consequências de uma gravíssima crise económica, o que tem obrigado a alguma redução na circulação”.

Junto à janela, já longe de conseguir ver o mar, Hélder Almeida diz que não há tantos jornais a bordo, mas há mais livros. “Agora a literacia é barata, só não lê quem não quer”, afirma. Um destes exemplos é a livraria que existe na estação de Cais do Sodré com livros a partir de 1,5 euros. “E há livros que parecem ter sido escritos a pensar em viagens, com capítulos mais curtos”, acrescenta. Gostava de ler jornais, sobretudo nos dias em que traziam suplementos, mas, nos últimos anos, tem ficado decepcionado. “E via-se muita gente como eu, mas agora nem todos podem gastar 30 euros por mês em jornais. E como a qualidade das reportagens diminuiu muito, já não se justifica [comprá-los]”

No entanto, Luís Pauzinho, de 39 anos, nesse dia comprou um jornal. Excepcionalmente, a capa de um desportivo fê-lo atrasar a paixão pelas bases de dados e guardar o livro que andava a ler. Mais adepto dos livros, durante a semana, no comboio, espreita o jornal das pessoas ao lado. “Não leio grande coisa, mas apanho as [letras] gordas”. Ri-se. Neste dia, porém, se tentar espreitar os jornais à sua volta, não terá grande sorte. São todos desportivos, como o seu.

Cais do Sodré. À volta, a passo acelerado, guardam-se os livros e as revistas ou enfiam-se os jornais debaixo do braço. Há mais comboios a partir, mas como já é hora de trabalho, poucos leitores seguirão lá dentro.
 
Fonte: Portugal

O homem que lê

Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira


 Autor do desenho: Friedhelm Wessel

O homem que lê

Eu lia há muito. Desde que esta tarde
com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
Abstraí-me do vento lá fora:
o meu livro era difícil.
Olhei as suas páginas como rostos
que se ensombram pela profunda reflexão
e em redor da minha leitura parava o tempo. —
De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
e em vez da tímida confusão de palavras
estava: tarde, tarde... em todas elas.
Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
as longas linhas, e as palavras rolam
dos seus fios, para onde elas querem.
Então sei: sobre os jardins
transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
o sol deve ter surgido de novo. —
E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança:
o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
e estranhamente longe, como se significasse algo mais,
ouve-se o pouco que ainda acontece.

E quando agora levantar os olhos deste livro,
nada será estranho, tudo grande.
Aí fora existe o que vivo dentro de mim
e aqui e mais além nada tem fronteiras;
apenas me entreteço mais ainda com ele
quando o meu olhar se adapta às coisas
e à grave simplicidade das multidões, —
então a terra cresce acima de si mesma.
E parece que abarca todo o céu:
a primeira estrela é como a última casa.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Frase sobre leitura

Nos livros eu viajei, não só para outros mundos, mas o meu eu interior. Eu aprendi quem eu era e quem eu queria ser, ao que poderíamos esperar e como pode se atreve a sonhar sobre mim mesmo. Mas eu senti que eu passei muito tempo em uma dimensão diferente que o outro. Houve vigília, e não dormir. Além disso, havia livros, uma espécie de universo paralelo em que tudo pode acontecer que muitas vezes aconteceu, um universo que pode ser um recém-chegado, mas que nunca foi realmente um estranho. Meu mundo real. Minha ilha perfeita. Anna Quindlen

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Frases sobre leitura

“Um livro pode ser nosso sem nos pertencer. Só um livro lido nos pertence realmente.” Eno Teodoro Wanke
 

Eno Teodoro Wanke (Ponta Grossa, 28 de junho de 1929 – Rio de Janeiro, 28 de maio de 2001) foi um engenheiro e poeta brasileiro.

Fonte: Frases Ilustradas

Sete pecados (não capitais) do “desleitor”

Edson Gabriel Garcia
 
1.Mentira (quando a falta de tempo é apontada como a culpada pela não leitura)

2.Inadimplência (quando a falta de dinheiro é apontada como a causa da não leitura)
 
3.Medo (quando o temor diante de novos saberes apavora)
 
4.Raiva (quando a inércia diante da própria ignorância não vai além da raiva
contra si)
 
5.Inveja (quando a bronca se manifesta contra o saber ampliado de outra
pessoa)
 
6.Mutismo (quando a ignorância impede a fala e o diálogo, impondo um auto
cala-a-boca)
 
7.Preguiça (quando todo texto é difícil ou desinteressante demais para
merecer atenção).
 
Atenção: a palavra pecado foi usada no sentido de “alguma prática ou comportamento que é nocivo ou ruim”, sem nenhuma conotação religiosa.

Por que ler?



Por que ler?
Edson Gabriel Garcia

(Roteiro prático e pretensioso conferido e copilado por Edson Gabriel Garcia)
Algumas respostas intrometidas, abusadas, simplistas, atentas, descuidadas, informadas e simpáticas para você pensar sobre o assunto.

Ler é gostoso porque
.distrai
.faz cócegas no nariz
.alegra
.conforta e equilibra
.estimula a imaginação
.solta as amarras da emoção
.sopra o pó dos sonhos
.(dá sono!)

Ler é bom porque
.abre os olhos
.amplia a visão
.aguça o olfato
.refina o paladar
.dilata o tato
.solta a língua
.aumenta a audição

Ler é necessário porque
.informa saberes
.reforça diálogos
.amplia repertórios
.compara realidades
.sopra o pó da mesmice
.responde perguntas
.formula respostas
.aponta caminhos
.indica entradas e saídas

Ler é fundamental porque

.desacomoda certezas
.cria novos sentidos
.abre janelas para novos saberes
.empurra o limite do saber
.reforça o aspecto coletivo do conhecimento
.amplia a rede de conhecimento
.democratiza o acesso ao saber
.facilita a mediação da leitura
.forma outros leitores

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ler para os pequenos

Ninfa Parreiras


Ao ouvir histórias, os bebês, assim como as crianças, têm seu desenvolvimento cognitivo, emocional e social estimulado.

Por que as crianças gostam de ouvir histórias? A história contada é diferente da lida? São questões que devem ser discutidas entre os educadores e também no seio das famílias. A leitura é um alimento necessário para a participação na vida social e para a formação cidadã da criança. Ao aprender a ler, ela se apropria do mundo ao seu redor. Isso se dá quando diferentes práticas de leitura acontecem.

As crianças hoje são levadas para a escola cada vez mais cedo, onde ela precisa brincar, aprender e ser cuidada. Brincar é uma atividade necessária para todos. Na infância, a brincadeira possibilita o exercício da fantasia e facilita a comunicação. Mesmo que não haja brinquedos, a criança os inventa. Desde pequena, ela estabelece uma relação com algum objeto ao seu redor, que pode ser um brinquedo ou também um livro. É por meio do contato com esses objetos que ela vai conhecer as coisas e as pessoas: ao tocar, ao levar à boca, ao sentir o que existe perto dela.

Ao mesmo tempo, a entrada no universo da linguagem se dá antes mesmo de a criança ingressar na escola. A maneira como os adultos a cuidam: o olhar, os gestos, os ruídos (desde os sons sem sentido às cantigas), tudo isso inaugura o processo de aproximação com a leitura. Antes da comunicação verbal, o bebê aprende a não verbal, revelada pelos modos como os adultos interagem com ele.

Em pesquisa recente da Fundação Itaú Social, 96% dos brasileiros consideram importante ou muito importante o incentivo à leitura para crianças de até 5 anos. Porém, apenas 37% dos entrevistados leem livros ou contam histórias para elas. Por que poucos adultos leem para as crianças?

A leitura não atrapalha o desenvolvimento escolar da criança, ela é uma ferramenta para os pais e educadores. As crianças precisam ouvir histórias para aguçar sua imaginação. Isso facilita o processo de letramento, de aquisição da leitura e escrita autônomas. Ao ouvir histórias, seu desenvolvimento cognitivo, emocional e social é estimulado.

Os educadores podem e devem criar situações lúdicas, em que os sons e as palavras são os instrumentos para introduzir a criança no mundo da literatura. Ao cantar versos para as crianças ou juntamente com elas, o educador traz um ritmo e uma melodia que são repetidos por elas. Novas palavras e novos sons são descobertos. Ao fazer uma roda e ler uma história ou um poema, o educador estabelece um momento de encantamento e descobertas.

Muitas vezes, por falta de informação ou de esclarecimentos, o contato com a leitura se dá de uma forma mecânica e pouco natural. Ao cantar (cantigas de ninar e de roda, adivinhas, parlendas) para os bebês e crianças, os adultos contribuem para a aproximação deles com a literatura. A tradição oral revela um manancial de expressões que podem iniciar os pequenos no universo literário. Ao mesmo tempo, a cultura letrada está cada vez mais perto de nós.

Antes de a criança frequentar a escola, os pais deveriam envolve-la com a literatura, seja por meio de acalantos, das cantigas, seja por meio de livros de histórias e de poesia. É importante a criança ouvir o texto lido. Um conto lido é diferente de uma história contada. O que está escrito tem pausas, silêncios, ritmos próprios da língua escrita. A voz e a cadência da leitura marcam uma relação de confiança, de acolhimento para quem ouve. Para tanto, é necessário que o local seja preparado para o conforto das crianças, estejam sentadas ou deitadas. O adulto deve ler e ao mesmo tempo olhar para as crianças. Não deve se preocupar com conteúdos pesados (a violência, por exemplo) que estejam em textos ficcionais. A ficção é uma coisa que foi criada para divertir, distrair quem lê. As crianças sabem que nos livros há histórias cheias de encantamento, de fantasias, de terror. Elas precisam disso para viver, para elaborar as vicissitudes da vida cotidiana.

Quando sonhamos, reproduzimos imagens e sensações que fogem ao nosso controle, à nossa razão. As histórias ficcionais são feiras também desse material: da desrazão, daquilo que não tem explicação racional. Esses elementos presentes na literatura ajudam as crianças a entenderem os mistérios da nossa existência: o crescimento, as mudanças no corpo, as separações e as faltas.

As famílias devem se comprometer com o trabalho desenvolvido pela escola. O educador pode convidar os responsáveis pelas crianças para encontros com a leitura de obras selecionadas. Por sua vez, pedir a criança para trazer um livro de casa é uma maneira de conhecer o repertório da família. Um convite aos pais para irem à escola lerem ou contarem uma história pode ser um passo para um vínculo entre a escola, a família e a leitura.

Ninfa Parreiras – psicanalista, professora, autora de obras literárias e de ensaios para adultos, como O Brinquedo na Literatura Infantil: uma leitura psicanalítica (Biruta) e Do ventre ao colo, do som à literatura: livros para bebês e crianças (RHJ).
 

Fonte: Carta Fundamental, n.43, p.20-21, nov. 2012

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Biblioterapia poderá ser aplicada em hospitais do SUS

11/01/2013
Da Agência Câmara

 Crédito: Fotolia
A terapia por meio da leitura humaniza o ambiente hospitalar e 
pode amenizar até 80% dos sintomas sentidos pelos pacientes.

A terapia por meio da leitura humaniza o ambiente hospitalar e pode amenizar até 80% dos sintomas sentidos pelos pacientes.

A Câmara analisa proposta que estabelece o uso da biblioterapia, ou seja, a terapia por meio da leitura, nos hospitais públicos e naqueles contratados ou conveniados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida está prevista no Projeto de Lei 4186/12, do deputado Giovani Cherini (PDT-RS).

O deputado explicou que esse tipo de terapia é usado desde a Idade Antiga e que pesquisadores já recomendam o uso da leitura em tratamentos médicos desde o início do século 19. “Hoje, vem sendo desenvolvida por equipes interdisciplinares com constante participação dos bibliotecários, psicólogos e médicos, sendo no Brasil as regiões Sul e Nordeste as que concentram os maiores índices de aplicabilidade”, afirmou.

De acordo com Cherini, esse tipo de técnica humaniza o ambiente hospitalar e ameniza até 80% dos sintomas sentidos pelos pacientes, a depender da doença.

Autorização

Pela proposta, os materiais de leitura com função terapêutica só poderão ser prescritos e vendidos após autorização específica do Ministério da Saúde. Os livros autorizados terão um selo com a inscrição: “Recomendado pelo Ministério da Saúde”.

Os familiares dos pacientes também poderão participar das atividades de biblioterapia, desde que após prescrição médica. O texto também autoriza a venda de obras biblioterápicas em farmácias, drogarias e livrarias.

Tramitação

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O Hábito da Leitura - Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

 O Hábito da Leitura

Livro: Vida Feliz
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

 
Leia uma pequena página, cada dia, na qual encontres alento e inspiração.

Incorpora este dever aos teus hábitos.

Ela te enriquecerá de júbilo, clareando as nuvens que possam envolver-te nas horas seguintes e arrimando-te ao bem-estar, caso suceda alguma surpresa desagradável.

Todas as pessoas necessitam de um bom conselheiro, e, nessa página, que extrairás do Evangelho, terás a diretriz de segurança e a palavra de sabedoria para qualquer ocorrência.

Se os homens reflexionassem um pouco mais antes de agirem, evitariam males incontáveis.

Já que os outros não o fazem, realiza tu.

O Estudo: Livro: Vida Feliz - Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

 O Estudo

Livro: Vida Feliz
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

 

Estuda sempre.

Incorpora às tuas atividades o hábito da boa leitura. Uma página por dia, um trecho nos intervalos do serviço, uma frase para a meditação, tornam-se o cimento forte da tua construção para o futuro.

O conhecimento é um bem que, por mais seja armazenado, jamais toma qualquer espaço. Pelo contrário, faculta mais ampla facilidade para novas aquisições.

As boas leituras enriquecem a mente, acalmam o coração, estimulam ao progresso.

O homem que ignora, caminha às escuras.

Lê um pouco de cada vez, porém, fá-lo constantemente.

Dez motivos para ler livros